Imperialismo
Imperialismo e
expansão colonialista
1) As Razões para
a Expansão Imperialista e Colonialista (neocolonialismo)
Crises cíclicas de
produção
Causado pelo
desenvolvimento tecnológico que produzia mais do que a capacidade de consumo do
mercado, não podendo a burguesia reinvestir em aumento de produção no mercado
interno.
Aumento demográfico
Melhorias na área
medicinal e nas condições de higiene fez baixar a taxa de mortalidade,
aumentando a população. A produção agrícola voltada para o mercado pressionava
a população do campo, que acabava migrando para as cidades.
Movimentos sociais
Os sindicatos
conseguiram algumas conquistas trabalhistas, mas as condições do trabalho
causavam agitações sociais, levando o governo a incentivar a imigração.
Os 5 P (Pressão)
Pressão Econômica – Busca por novas fontes de matérias primas e mercado
consumidor; o desenvolvimento tecnológico fazia as indústrias produzirem mais
em menos tempo.
Pressão Financeira – Busca por novas áreas de investimento; exportação de capitais.
Pressão Política – No jogo político, a projeção para fora do território tem conotação de poder e prestígio
político; tem o caráter de minimizar as perdas políticas na Europa.
Pressão Demográfica – O mercado e a economia não absorvia o crescimento
demográfico.
Pressão Ideológica – Tem dois movimentos:
Religioso e cultural – o religioso enviava missionários para converter o
africano ou o asiático, além de combater a escravidão. Havia a idéia de levar a
civilização européia a estes povos, considerados primitivos e atrasados. O
problema é que, em geral, os que saem tinham péssimas condições de vida. O que
o imigrante levava era muito mais a imagem do Estado do qual ele era
proveniente.
Intelectual e
científico – as associações geográficas
e seus exploradores abriam caminho para estudar as regiões dominadas.
Desenvolveu-se neste período ideologias racistas que afirmavam a superioridade
da raça branca, partindo das teorias evolucionistas de Darwin.
2) Os tipos de
colônias
Colônia
Ocupação territorial
e militar com expropriações das populações nativas. Ex.: Argélia (França) e
África do Sul (Inglaterra).
Protetorado
O chefe era local,
porém o poder era formal. A política econômica era regida pelas potências
imperialistas. Ex.: Marrocos (França) e Egito (Inglaterra).
Domínios
As unidades autônomas
eram chamadas domínios, e a sua relação com a metrópole era de “igual para
igual”. Com o tempo, os domínios ingleses passaram a ser uma federação de
estados livres, ligados apenas por interesses econômicos – Commonwealth
(Comunidades de Nações). Ex.: Austrália e Canadá (Inglaterra).
Áreas de influências
Tinha autonomia, concedendo concessões privilegiadas de ordem
econômica, jurídica, etc.: Ex.: China (várias potências).
6) A Inglaterra na
Era Vitoriana
Supremacia inglesa
Atingindo seu apogeu
entre 1750 e 1875, enviava capitais, produtos e homens para todo o planeta. Esta superioridade
econômica era completada pela superioridade naval.
Império Britânico
A rainha Vitória
(1837/1901), governou a Inglaterra no seu auge imperialista, por isto
denominado era vitoriana.
A Inglaterra tinha
colônia em todos os continentes, diversas bases militares e pontos de armazém e
comércio privilegiado, dominando os “quatro cantos” do planeta.
3) A atuação na
América Latina
Processo de
independência
Na luta contra o
mercantilismo e na busca por novos mercados, a Inglaterra passou a pregar a
substituição do pacto colonial pelo liberalismo econômico, incentivando assim
as lutas de independência na América Latina.
Acordos comerciais
Transformando-se a
América Latina em diversos países, a Inglaterra não atuou o seu imperialismo da
mesma forma que a na Ásia e África, mas a partir de comércio e acordos
extremamente vantajosos para esta.
4) As questões da
partilha da África
Retardatários na
corrida colonial
Iniciada somente após
a unificação, a Alemanha e a Itália entraram a corrida colonial mais tarde em
relação às outras potências, o que gerou atritos por causa esta “desvantagem”.
Projeto de Leopoldo
II da Bélgica
Inicia em 1867 um
congresso para difundir a civilização ocidental a partir de sociedades
geográficas, fundando grupos para iniciar exploração e a conquista do Congo.
Conferência de Berlim
(1884/1885)
Reunida pelo
Chanceler alemão Otto Von Bismarck, esta tinha o objetivo de evitar maiores
choques da Alemanha com outras potências porque iniciou tardiamente a sua
corrida colonial, criando, ao mesmo tempo, um canal de participação na mesma.
Os pontos principais são:
Navegação livre na
bacia do rio Congo e o Estado do Congo Belga.
O direito de
conquista de uma faixa no litoral correspondente à parcela no interior.
Notificação às demais
potências européias de qualquer nova conquista.
Crise Marroquina
Disputada pela França
e Alemanha, esta região gerou diversos atritos chamados de crise marroquina. A Conferência de Algeciras (1906) e Acordo de Haia (1909) não resolveram o
problema. A última crise foi o Incidente de Agadir em 1911, a qual - mediado
pela Inglaterra - a Alemanha renunciou ao Marrocos, mas recebeu como
compensação uma parte do Congo francês.
Guerra dos Boërs
(1899-1902)
Os boërs eram
fazendeiros africanos brancos descendentes de holandeses, que construíram as
repúblicas de Orange e Transvaal, próximas das colônias do Cabo e de Natal da
Inglaterra. Os interesses no ouro do Transvaal e diamantes de Orange fizeram os
ingleses entrarem em conflito com os boërs. A Inglaterra venceu o conflito e
fundou a União Sul-Africana.
Projeto ferroviário
Cabo-Cairo
Para garantir o
domínio do Mar Vermelho e do hinterland africano, dominaram uma vasta região
que ia do norte ao sul da África, passando pela região central. Este projeto
ficou prejudicado pelo domínio alemão da única região que os separava.
5) As questões da
penetração na Ásia
A revolta dos Cipaios
(1857/59)
O comércio na Índia
era controlado pela Cia de Com. das Índias Orientais, levando vários príncipes
à ruína por causa da concorrência dos tecidos de algodão com as manufaturas de
tecido indiano. Esta guerra anti-inglesa acabou levando a total dominação da
Índia, a qual a Inglaterra passou a governá-la diretamente, organizando um
aparelho de Estado.
A guerra do Ópio
(1840/42)
O comércio desta
droga, feita pelos ingleses a partir da Índia, estava agredindo a sociedade
chinesa. O imperador chinês mandou destruir o carregamento de Ópio dos
comerciantes ingleses. Estes articularam para levar a coroa britânica à guerra,
o que era interessante a esta para abrir o comércio chinês. A China perdeu a
guerra e assinou o Tratado de Nanquim (1842).
O Break-up da China
Outras guerras do
Ópio levaram a China a abrir mais ainda o comércio para a Inglaterra (Tratado
de Pequim –1860). As potências estrangeiras passaram a exigir áreas de
influências ao governo chinês, sendo então a China dividida. Revolta dos
Taipings (1851/64) e dos Boxers (1900/01), foram resistências à dominação
estrangeira, resultado deste processo de partilha.
A modernização do
Japão
O Japão estava
isolado até 1853, quando a Esquadra Negra
americana forçou a sua abertura comercial pelo Tratado de Kanagawa (1854).
Iniciado a Era Meiji, passou a executar uma política imperialista se lançando
para Ásia continental. Na guerra sino-japonesa (1894/95), o Japão recebeu a
ilha de Formosa e a China reconheceu a independência da Coréia.
A intenção russa
Os interesses russos
na Ásia chocaram-se com os ingleses na Ásia central e com os japoneses na
região da Manchúria.
8) Conseqüências
do Imperialismo
Imperialismo para
Lênin
Segundo Lênin, o
imperialismo era a última fase do capitalismo, gerando conflito entre as potências
e destruindo o sistema.
O choque de
imperialismo
Os choques entre as
projeções realmente estavam acontecendo, o que levou as potências se unirem em
tratados de alianças.
O impacto
imperialista
Nas regiões
colonizadas, a dominação destruiu estruturas tradicionais locais, levando
populações nômades a se fixarem em uma região, expropriando as suas terras,
destruindo seu artesanato, acabando com a sociedade coletiva e obrigando ao
pagamento de impostos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado!